domingo, 6 de junho de 2010

Fim de festa Grã Fina


Como já havia dito no capitulo anterior, eu estava numa festa grã-fina.
A Dondoka, depois ter bebido várias, me apresentou aos convidados, gente da nata de São Paulo, donos de baladas caras, empresários, socialites e outras figuras...Estava rodeado de pessoas que viviam numa realidade diferente da minha...
Eu bem acompanhado, às vezes desacompanhado, pois a garota era hiperativa, conversava com todo mundo, não parava quieta e observava tudo ao redor...

Meu relógio gritava 04h04min da matina, o pessoal agia como se fosse sábado, conversando, bebendo, ouvindo música... O alto-falante ressoava MPB, alguns jazz e músicas eletrônicas...Eu tomando minha terceira breja, mantendo a classe...
Tinham uns senhores que não param de olhar para mim...
Uns sorriam e outros conversam entre si e depois apontavam seus narizes pontiagudos na minha direção, isso estava me incomodando pacas...
Fui até a varanda do apartamento, peguei meu cigarro, acendi, dei um trago e olhei para frente... Que vista!Ao meu lado, havia três mulheres conversando sobre roupas, baladas, casos e outras futilidades...

Acabado o assunto, uma delas veio até mim e disse:
- Você é músico, né?! Está gostando da festa? ... Qual é o estilo da sua banda?
- Sou músico sim... Estou... Eu toco rock e você faz o que?
- Eu não faço nada, gastar dinheiro já dá muito trabalho! - disse rindo
- Você é namorado dela- disse ela, apontando para a Dondoka que estava dançando no meio da sala com um cara.
- Não, somos amigos! Eu disse, olhando para seus belos olhos esverdeados.
Percebi que ela ficou aliviada quando disse aquilo...
Pegou na minha mão, me arrastou até o mini bar e disse que queria pegar mais uma bebida...
Quando estávamos atravessando a sala de estar, aqueles senhores que estavam sentados me observando outrora, sentiram a mordida da inveja...
Já com o drink em mão, ela se pôs a contar sua vida desregrada ... Disse que já havia usado todo tipo de droga... E tinha dado uma parada... Enquanto dançava freneticamente na minha frente, reparei que em seus braços claramente finos havia vários cortes sob as pulseiras...
`Uma garota tão linda se destruindo, isso é uma pena! O que a levou usar tantas drogas... Um namorado drogado, a morte do seu amante? Complexo de Édipo, amizades fúteis? Sei lá... “pensei”.
Ela começou a dançar mais perto, que seu perfume acariciou minhas narinas... fiquei excitado.
Fui chegando mais perto dos olhos cor de Lodo ...
Seus lábios emudecido de vodka e os meus banhados de lasciva saliva...
Quando ficamos a 3 cm um do outro, escuto uma voz na nuca:
-Você sabia que ela é a filha única do dono da festa e ele está vendo tudo do sofá e não está gostando nada disso! - disse a Dondoka suavemente.
Como sou azarado... Varias mulheres na festa, me envolvo com as proibidas, quando não com as casadas... “Pensei”.
Continuei dançando, senti o anjinho em meu ombro direito falando:
- Não faz isso, você não é papa anjo.
Do lado esquerdo estava o diabinho dizendo:
- Vai deixar uma beldade dessa ficar na vontade, beija logo! ... Ta na cara que ela tem mais de 18 aninhos deixa de ser besta! Beija!
-Tudo bem! Eu não ligo para isso, estamos apenas dançando- disse maliciosamente a Dondoka.
Acho que o DJ queria ver o circo pegar fogo, colocou uma música lenta, nesta hora, ela enlaçou meu pescoço e eu peguei na cintura da filhinha do papai e comecei dançar lentamente pela sala...
Sentia que éramos o centro da atenção
Terminado a musica, olhei ao redor, todos estavam cochichando...

Fui ao encontro da Dondoka Junkie, lá ela estava explicando como me conheceu e tal... Todos ouviam atenciosamente a historia, sem nenhuma interrupção...

O que ela deve está dizendo a eles, que eu sou filho do Steven Tyler ou do Mick Jagger com alguma Baiana?” Rsrsrs... Acho que só assim para não me expulsarem da festa – Pensei.

Chamei a Dondoka de lado, dizendo que já era tarde e que precisava ir embora.

-Como assim! Agora que consegui livrar sua barra! Dizendo que você é filho duma socialite famosa... E que sua mãe é minha cliente e comprou umas jóias na minha loja da Vila Olímpia, você vai me deixar sozinha aqui com eles!!! - disse ela brava.

Levantei os ombros, me despedi dela e fui saindo... Ela largou o copo na mesa e disse adeus aos presentes e veio junto.

Já no carro ela me disse que ficou com ciúmes por eu ter flertado com aquela garota na festa... e confessou que a tal garota não era filha do dono da festa ...era mentira!
Soltei uma gargalhada, nunca ri tanto na minha vida...
Ela também riu muito... Falou que não aguentava mais aquela gente besta, com o rei na barriga.

Ao invés de irmos em direção ao metrô, fomos ao um restaurante mexicano 24h.

Adentramos o estabelecimento, eu faminto, com cara de poucos amigos, ela usando óculos escuros, que devia custar o meu salário...
Sentamos, ela colocou-os sobre a mesa, escolheu um vinho importado e o prato mais caro do lugar...
Apos o pedido, se levantou e disse que iria pegar algo no carro e já voltava... Eu disse - tudo bem.

Passaram-se 3 minutos, a comida chegou... Eu devorei meu prato e bebi uma taça de vinho... E nada da Dondoka voltar... Fui lá fora... O carro dela não estava mais... Pensei – “Fudeu.”

Voltei para mesa e pedi a conta... Esta chegou mais rápido que o prato , quando vi o valor, quase cai de costas...

`E agora?... Como sair dessa?´... Pensei

Você saberá no próximo capitulo...
Não perca a história verídica Na banda com Dondoka Junkie!

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