Depois de sairmos da balada, uma filial do inferno...
Fomos em direção ao carro da Dondoka Junkie, automóvel importado, nunca tinha visto um daquele, adentrei o veiculo...
Em 3 minutos, estávamos na frente do prédio, ela se identificou pelo interfone...
Porteiro abriu o portão elétrico, este se movimentou para a direita no estilo “Portas da Esperança do Silvio Santos”...
Chegamos ao elevador, este todo espelhado, cheirando a burguesia.Eu parecia uma criança dentro do Hopi Hari, olhava maravilhado tudo aquilo...
A Dondoka virou pra mim e disse:
- Ei! Você nunca entrou num elevador?!-Sim, mas nenhum parecia um Shopping, até dá morar dentro dele...
Ela soltou uma gargalhada estridente que até o sindico do prédio deve ter escutado.
Enfim, chegamos ao 13°andar, ela foi à frente, rebolando sutilmente e toda cheia de si... Tocou a campainha.
De repente a porta se abriu, apareceu nosso anfitrião.
Devia ter uns 40 e poucos anos, vestia uma camisa social com calça jeans.Ele me olhou de cima a baixo, olhou para ela e sorrio maliciosamente.
Entramos no apartamento, que mais parecia o museu do Louvre, cheio de quadros, tinha umas esculturas gregas e outras que não consegui identificar.
Fui logo ao mini bar que havia no recinto, este ficava ao lado da sala de estar...
Chegando lá... Fui inundando de tantas opções, que fiquei paralisado, nesta hora o barman estava ocupado, e eu me sentei e perguntei se tinha cerveja para uma bela mulher, de vestido preto ornando um colar dourado, que estava sentada na cadeira em frente ao balcão, e ela disse
:- Olha! Acabou a cerveja, mas eu pedi para o Jarbas comprar mais!
“Esse deve ser o nome do motorista dela - Pensei rindo”.
Ela perguntou se eu era amigo do fulano, dono do apartamento
Disse a ela, que eu era amigo da amiga dele... essa é melhor a resposta quando esta quase de penetra numa festa ...
Fui logo me apresentando, comecei a puxar papo com senhorita...
Ela me ofereceu vodka e eu agradeci...
Quando se está sozinho não se pode aceitar bebida de estranhas, ainda mais das belas (regra nº 1)
O papo tava agradável... A cerveja chegou, pedi uma para molhar as mentiras...
Em festa grã-fina, a mentira é cartão de visita (regra nº 2).
Repentinamente, aparece a Dondoka totalmente alucinada e me pegou pelo braço e disse baixinho ao me ouvido:
- Você sabe quem é essa mulher que esta conversando com você? Ela é a mulher do dono da balada mais chique de São Paulo!
“Ainda bem que eu não disse que era da Zona Lost, ela iria ficar assustada e esconderia até sua bolsa - Pensei”.
A Dondoka me arrastou direção aos convidados da festa e foi me apresentando para todos:
- Esse aqui é meu amigo, que é musico e tem uma banda muito boa!Todos olharam deslumbrados
“Nossa essa garota é filha de algum apresentador de programas... que eloquência! ela chegou chegando... Ela vai conquistar o mundo desse jeito com esse carisma- pensei.”
A festa vai esquentar como sua curiosidade... Se você quiser saber o final desta festa grã-fina, não perca o próximo capitulo!
